Cruzes no Monte do Templo

Uma das coisas incríveis sobre o Monte do Templo é a profundidade da história que pode ser encontrada em um pequeno espaço. Diariamente, descobrimos artefatos de cada período de tempo em que o local estave em uso: desde o final da Idade do Bronze, até o Primeiro e Segundo Templo, as Cruzadas e os Períodos Islâmicos até hoje. O Monte do Templo é um lugar sagrado para mais da metade da população mundial e, constantemente, encontramos objetos que conectam o sítio ao Judaísmo, ao Cristianismo e ao Islã.

Entre os diversos artefatos encontrados pelo Projeto de Peneiragem do Monte do Templo, encontramos algumas cruzes. O blogueiro convidado, Frankie Snyder, fala mais sobre o assunto:

De acordo com as lendas, a cruz sobre a qual Jesus morreu foi descoberta em 326 DC pela rainha Helena, mãe do imperador romano Constantino – O Grande, durante uma peregrinação que ela fez a Jerusalém. Por ordem de Helena e Constantino, a Igreja do Santo Sepulcro foi construída no local de sua descoberta. Nove anos mais tarde, em 14 de setembro de 335 DC, a igreja foi consagrada, de modo que 14 de setembro foi a data escolhida por muitas denominações cristãs como a Festa da Santa Cruz. A cruz entrou em uso como um símbolo do cristianismo no mundo greco-romano somente após o tempo de Constantino.

Este pequeno painel de chão das Cruzadas que está no Santo Sepulcro marca o lugar onde as lendas dizem que a rainha Helena encontrou a cruz de Jesus.

Este pequeno painel de chão das Cruzadas que está no Santo Sepulcro marca o lugar onde as lendas dizem que a rainha Helena encontrou a cruz de Jesus.

Como a Rainha Helena, os cristãos, ao longo dos séculos, fizeram peregrinações a Jerusalém. Antes da era dos “blogs” e “tweets”, esses peregrinos registravam os eventos de suas viagens sagradas em revistas. Para Jerusalém e para o Monte do Templo, estas revistas nos dão informações geográficas e topográficas, bem como sobre os modos e costumes da Terra Santa, especialmente dos “períodos cristãos”, isto é, o Período Bizantino (324-638) e o Período Cruzado (1099-1187). Nós aprendemos onde as igrejas estavam localizadas, como os cruzados decoraram os edifícios no Monte do Templo para uso cristão, como os festivais da igreja eram comemorados e quais locais os peregrinos visitavam.

Cristãos locais e peregrinos também vieram para o Monte do Templo e deixaram para trás algumas coisas – “artefatos”, para os arqueólogos. No Projeto de Peneiragem do Monte do Templo, temos uma coleção inteira de cruzes e artefatos cruzados – artigos religiosos, jóias, candeeiros a óleo, moedas, etc. – que nos falam sobre os cristãos que viveram e visitaram
o Monte do Templo.

Encontramos cruzes e crucifixos que eram usados como jóias ou rosários (contas de oração católica). Algumas são feitas de bronze (Figs 1-2)

Enquanto outras foram esculpidas a partir de ossos (Fig. 3) ou de pedra-sabão (Fig. 4). Uma delas foi moldada com chumbo (Fig. 5). As esculpidas em madrepérola, em geral, são cruzes simples (Fig. 6), mas uma foi esculpida como um crucifixo (Fig. 7).

 

As lâmpadas de óleo bizantinas tinham cruzes moldadas na argila (Figuras 8-9).

Cada moeda Cruzada tinha uma cruz cunhada em um de seus lados (Figuras 10-13).

Figura 13

Figura 13

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